Eu vi a Monalisa em março de 2018, foi na base das cotoveladas contra uma multidão de asiáticos. Foi frustrante. Ela estava longe e a selfie ficou tremida, eu não sou um bom fotógrafo. Mas voltei pra casa inspirado e fiz algumas reproduções como exercícios. Mas a minha Monalisa demorou pra vir. Primeiro porque eu percebi que não conseguiria fazer o sfumato. Segundo porque eu queria um detalhe diferente nela, mas ainda não sabia o que.

Quando minha curiosidade me levou a tratar o assunto albinismo quase como um hiperfoco, surgiram os primeiros esboços. Eu vejo beleza em tudo que é “estranho”.

E assim nasceu a ideia de pegar o maior ícone da história da arte, que todo mundo reconhece, e torná-lo estranho, errado… O estranhamento diante da quebra da expectativa.

Foram 2 meses de pintura, contra os 7 anos da obra original. Deu muito trabalho e retrabalho, mas fiquei feliz com o resultado. Um tipo de satisfação que se tem quando se vence um desafio auto imposto.

Minha Monalisa albina estava exposta no Teatro Carlos Gomes, durante o grande evento do Colmeia.

Óleo sobre tela, 50x70cm, emoldurada.

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