Do clássico livro “O Corpo Fala”, do psicólogo Pierre Weil ao “A Arte da Persuasão” de Tonya Reiman, passando pelo “Impressionantes – A ciência da primeira impressão”, do psicólogo e vlogueiro brasileiro Thales V. Coutinho e por dezenas de artigos da área de psicologia e neurociência, eu sempre busquei compreender como funciona a percepção humana nas relações sociais, talvez para suprir uma deficiência minha em entender como as pessoas realmente se sentem e expressam suas emoções.
Recentemente fui apresentado ao termo “teoria da mente”, que se refere a umas habilidades desenvolvidas nos seres humanos através de experiências socais onde se reconhecem sinais de estados mentais nas outras pessoas. Algo como, intuitivamente ler emoções e poder entrar em sintonia com elas. Acho que a palavra Empatia, exemplifica bem isso.
Assim como a interpretação da linguagem através de imagens, eu também acreditava que a dificuldade em interpretar esses estados mentais era geral, mas não, em boa parte das pessoas ela se dá de forma natural, como se numa troca de olhares muita informação fosse passada entre as partes. Mas não comigo.
As dificuldades que tenho em manter o olhar fixo nos pontos de interesse para esse tipo de leitura, principalmente rostos e olhares, e de também não diferenciar muito as nuances no timbre de voz, fazem com que eu necessite que as expressões sejam um tanto explícitas, ou passam desapercebidas por mim. Por não compreender, num primeiro momento, o que se passa no meio social, fico com as respostas de reação um tanto limitadas, ou praticamente nulas. E com isso eu passo a impressão de ser indiferente, ou de estar a maior parte do tempo num estado de ataraxia. Salvo em relações com um histórico já consolidado numa certa intimidade.
O corpo pode falar muito, mas se eu não escuto acabo ficando mudo.
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