No devaneio que a esperança impõe, fascista,
como quem condena ao desejo realizado,
num futuro do pretérito passado
a imersão de um sonho autista.
Se eu pudesse, voltaria de tempo em tempo,
como quem na angústia se exalta,
invade o palco e toma a frente na ribalta,
e se resgata de seu próprio esquecimento.
E no regozijo que perpetua essa fome,
como quem celebra a paixão encontrada
e contempla a musa naquela tarde nublada,
eu teria em meus lábios, ao menos, o teu nome…
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