Além dos encontros semanais com a psicóloga, eu comecei também um tratamento com um psiquiatra. Espero ter com ele o laudo médico comprovando (ou não), o meu grau de autismo (o que pode me ajudar numa futura aposentadoria).
Ele chamou minha “falta de inspiração e de vontade de criar ” de anedonia, cujo significado descreve bem o que ando sentindo nesses últimos anos: é dificuldade ou a incapacidade de uma pessoa em sentir prazer ou se motivar a realizar atividades que antes eram prazerosas. A palavra vem do grego A que é uma negação e HEDON que é prazer. Então, já me receitou um antidepressivo e um antipsicótico, ambos devem me ajudar a regular neurotransmissores, tipo a dopamina que é responsável pela vontade de alcançar objetivos, buscar recompensas e também a não ter aquelas reações exageradas por causa de sobrecargas de estímulos sensoriais.
Nesses últimos anos eu troque o prazer que eu tinha na arte por compulsões, talvez vícios, que trazem a sensação de conquista de algo mais rápido do que passar 2 a 3 dias numa pintura pra ganhar 10 curtidas no Instagram. Mas estou há um mês mudando minha fonte de estímulos. Evitando gatilhos e voltei a ler com mais frequência. Até agora, nesse mês, já foram 3 livros! 🙂
Tenho medo dos efeitos colaterais dos remédios. Primeiro dia e sinto um pouco de dor de cabeça, mas dores de cabeça sempre foram ‘normais’ pra mim. Mas li reportagens sobre estados que pioraram. De qualquer forma é cedo para dizer.
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