
Não é bem uma reprodução, trata-se mais de uma versão autoral.
Há algo que me incomoda em Van Gogh, é o quanto sua vida é admirada, sendo que ela foi triste e trágica. Admirar a obra é diferente. Muitos artistas querem ser geniais como ele em suas artes, mas ninguém quer levar a vida que ele levou, claro.
Odeio aquela crença que diz que o artista deve sofrer para criar coisas belas. Para uma narrativa biográfica isso lhe dá um ar de santidade. Um mártir.
Mas todos queremos a felicidade e o reconhecimento (em vida).
Vi algumas de suas obras no D’Orsay em Paris. É quase religioso entrar no espaço dedicado às obras de alguns artistas. Novamente o sentimento de religiosidade. É estranho. Um respeito que vai além da admiração da obra.
Para quem defende tanto que a mensagem é mais importante do que o mensageiro, esse sentimento de religiosidade faz de mim um hipócrita. E ideias se confundem com sentimentos. Não há coerência.
Bom… nesse caso, foda-se a razão, melhor ficar com a “fé”.
PS.: Todas as minhas fotos dentro de museus ficaram horríveis… feitas com celular barato. 🙁
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