Cloto, a fiandeira. Uma das três Moiras, as responsáveis pelo Destino de homens e Deuses. Cloto fazia a linha da vida, sua irmã Láquesis fazia a medição do fio determinando o tamanho da vida de cada um e por último, Átropos, a irmã mais velha, cortava a linha encerrando aquela vida.

Acrílica sobre tela, 30x50cm. Queria experimentar alguns detalhes com glitter, mas não ficou como eu imaginava. Talvez a pintura devesse ser mais escura e os detalhes mais finos. A próxima deverá ser com tinta óleo. Nunca pensei que fosse dizer isso um dia, mas tô preferindo óleo do que acrílica.

Me parece que há algo de triste nessa visão do mito, pois as linhas são separadas e não formam nada. Penso que seria melhor se em algum momento na narrativa os fios se enroscassem, criassem conexões, formando uma malha. Então, nos fios cruzados haveriam nós, uns fracos outros fortes, e a medida em que a malha fosse puxada para um lado ou para o outro, os nós mais fortes não se desmanchariam, mantendo as linhas unidas até a chegada da tesoura da Átropos. Assim, eu também poderia fabular a etimologia da primeira pessoa no plural, nos pronomes pessoais, justificando o nome “nós” com o mito das vidas que se cruzam e não se separam